Acredito nos méritos do trabalho em equipa e na mobilização de pessoas, objetivos, vontades, sonhos …
Nos meus múltiplos momentos/tipos de mediação, um dos mais complexos é o que ocorre na Área Internet, na utilização dos meios tecnológicos (equipamentos, plataformas de produção e partilha de informação, redes sociais). Reconheço o diagnóstico feito por João Paulo Proença – “alunos pouco autónomos” numa “sociedade hiper protetora, complexa e competitiva”. Acrescentaria que o ritmo e natureza da “revolução digital” induz a biblioteca escolar a “habitar na dúvida” e a procurar soluções focalizadas para necessidades de grupos de utilizadores específicos, o que se tem revelado crescentemente complexo e difícil.
As opções de gestão dos espaços e equipamentos das Áreas TIC e Leitura (ver planta BECRE, disponível em http://becrexxi.blogspot.pt/2014/09/becre-2014-2015-reconfiguracao.html), a produção de guiões disponíveis em linha ou, num futuro próximo, a realização de uma série de workshops (literacias digitais e visuais) destinado a grupos de alunos; são medidas que se cruzam com outras intervenções mais imediatas, em que se misturam frequentemente afetos e emoções perante o “novo”, um “novo processo” ou uma “nova descoberta”. Outra medida de futuro próximo é a abertura de uma secção em BECRE XXI para blogues, dando continuidade à publicação de trabalhos de alunos e artigos de professores.
Permanece uma evidência: “a literacia digital é um dos serviços mais desafiadores da função social de qualquer biblioteca” (Luísa Alvim), sobretudo o combate contra a autorreprodução iliterata, na temática, no conteúdo e na forma. A articulação BECRE/Departamento de Artes Visuais – na programação de atividades de contacto com criativos, na mobilização de recursos para projetos/participação em concursos ou na exposição física e/ou virtual de trabalhos; e a participação em “Sete dias com os media” são práticas que procuram estimular a criatividade dos alunos, em atividades que envolvem o livro e a leitura.
Aliás, na sequência do desafio aos alunos em 2009 e que produziu a identidade visual da BECRE (disponível em http://becrexxi.blogspot.pt/2014/09/identidade-visual-da-biblioteca-da-es.html) e a sinalética da Área Leitura; essa articulação irá completar o processo com a produção de representações gráficas para os ciclos de atividades: Encontros, CineArte, Workshops, Escritor do Mês, Exposições. As literacias visuais serão, após a comunicação de Adriana Batista, ainda mais uma prioridade.
«A biblioteca escolar é o lugar físico e virtual da escola onde se desenvolve a leitura, investigação, pensamento, imaginação, descoberta e criatividade que são centrais para a jornada de transformação de informação em conhecimento e crescimento pessoal dos alunos»
Ross Todd, trad. João Paulo Proença
Este é o conceito assumido na BECRE e o seminário reforçou-o, proporcionando-me perspetivas complementares sobre a biblioteca escolar como estrutura de mediação na promoção das literacias digitais; e na formação de cidadãos conscientes, críticos e criativos porque informados.
... continua ...
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